A NoHarm está presente em mais de cem hospitais com algoritmos de inteligência artificial para melhorar o processo de trabalho da farmácia clínica

Na quinta-feira, 22 de fevereiro, aconteceu a primeira edição de 2024 do Happy Hour da comunidade Tecnopuc. Promovido pelo Tecnopuc Startups com apoio de NoHarm, SebraeX, Cervejaria Al Capone e Fuga Bar e show da FrescoBoys, o evento celebrou 1 milhão de vidas impactadas pela NoHarm – startup de saúde integrante do Tecnopuc que completa quatro anos em 2024.
Presente em mais de cem hospitais brasileiros, a solução da NoHarm utiliza algoritmos de inteligência artificial para melhorar o processo de trabalho da farmácia clínica. Os algoritmos fazem a priorização dos pacientes críticos, analisam prescrições fora do padrão, buscam eventos adversos e riscos do paciente em textos, predição de resistência bacteriana e escrita automática de sumário de alta. O sistema tem como foco trazer mais segurança para os pacientes, aumentando a qualidade do atendimento e a eficiência hospitalar.
“Essa marca mostra o impacto que uma empresa com tecnologia inclusiva e sem fins lucrativos pode gerar no Brasil e no mundo”, afirma Henrique Dias, CEO da NoHarm.
A NoHarm já foi contemplada com editais da Fundação Bill e Melinda Gates, CNPq e Google. Por não ter fins lucrativos, a startup recebe créditos de vários provedores de computação em nuvem, como NVidia, AWS, Google, Azure e Oracle. No ano passado, foi credenciada no FunCriança. “Isso mostra a seriedade do nosso trabalho e o impacto social”, destaca o CEO.
Em franca expansão, a NoHarm está fechando uma parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), companhia privada vinculada ao Ministério da Educação, para atender 45 hospitais 100% SUS. Serão 30 mil leitos SUS atendidos de forma gratuita pela NoHarm.
Atualmente, a startup marca presença em 16 Estados do Brasil. Com a entrada na Ebserh, chegará a 20. Também está atuando em hospitais na Argentina e expandindo para a Austrália.



Fotos: Rodrigo W. Blum / Wit Conteúdo
Origem acadêmica
A NoHarm nasceu a partir de uma pesquisa de Henrique Dias enquanto estudante do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Escola Politécnica da Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS). A solução foi pensada em conjunto com Ana Helena Ulbrich, farmacêutica do Grupo Hospitalar Concei
ção, e o desenvolvimento do projeto contou com a participação de diversos voluntários.
Orientado pela professora Renata Vieira, o projeto Validação da Identificação de Eventos Adversos por Aprendizado de Máquina em Ambientes Reais foi o impulso para Dias unir a pesquisa científica e o empreendedorismo. Depois, saiu da sala de aula e chegou ao mercado por meio do Track Startup. Essa iniciativa da PUCRS integra escolas, o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (Idear) e o Tecnopuc, com o objetivo de fortalecer o ecossistema de inovação a partir de experiências empreendedoras da academia ao mercado.