Comunidades periféricas apontam ações para uma Porto Alegre mais inclusiva

Segundo Congresso Popular de Educação Para a Cidadania reuniu mais de 500 participantes em rodas de conversa e apresentações culturais

Evento é promovido com o patrocínio da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, ecosys.vc, Tecnopuc e Governo do RS. A Prefeitura de Porto Alegre e Porto Alegre Cidade Educadora apoiam a iniciativa. Foto Divulgação

O Areal da Baronesa e a Restinga sediaram a segunda edição do Congresso Popular de Educação para a Cidadania (2º CPEC), entre 22 e 24 setembro. O encontro reuniu mais de 500 participantes de mais de 50 bairros de Porto Alegre, abrangendo todas as regiões da Capital. Com apoio do Pacto Alegre, Tecnopuc, Tecnosinos, Ecosys. Na abertura do Congresso estavam presentes os coletivos das comunidades, os apoiadores, representantes do Pacto Alegre, a Secretaria de Educação do Estado do RS, Raquel Teixeira e o Prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo. 

Realizado pelos coletivos Porto Alegre Inquieta e POntA Cidadania, o 2º CPEC promoveu rodas de conversa sobre meio ambiente, trabalho, cultura e sociedade, além de atrações culturais com diferentes artistas de espaços periféricos. 

Principal mecanismo de funcionamento do CPEC, as rodas de conversa contaram com autoridades do poder público, lideranças comunitárias e outros participantes, que compartilharam a palavra de maneira horizontalizada. A partir dessa construção coletiva de fala e escuta, os grupos apontaram ações para promover uma Porto Alegre com mais igualdade e democracia, que serão encaminhadas ao poder público e estão sendo compartilhadas com as comunidades. 

Confira as ações propostas pelas rodas de conversa do 2º CPEC para a transformação da Capital

  • Dar continuidade e multiplicar cada vez mais as rodas de conversa como instrumento para a ampliação da cidadania, capazes de apontar de modo horizontal caminhos para a construção de uma sociedade inclusiva e igualitária;
     
  • Tomar a educação como a principal ferramenta de transformação social, com políticas de longo prazo que estejam acima de governos ou partidarismos;
     
  • Tomar a escola como espaço de construção de cidadania, com renovação das práticas pedagógicas, incentivo à participação dos estudantes e estímulo da livre expressão por meio da arte e da cultura;
     
  • Posicionar a escola como palco de integração para toda a família, contribuindo para que pais também se atualizem diante de novas demandas do campo do trabalho e auxiliem os filhos na construção do conhecimento, inclusive promovendo atividades nos finais de semana, abertas às comunidades; 
  • Promover a valorização da Educação Popular e de Educadores Sociais;  
  • Dar maior visibilidade aos editais de produção e difusão cultural, com mecanismos justos de remuneração, avaliação isenta e ferramentas para continuidade e progressão de carreira de artistas emergentes;
     
  • Ampliar as oportunidades acessíveis em todos os territórios para o aprendizado de música, dança e outras expressões artísticas, bem como de esportes e artes marciais;
     
  • Criar e manter espaços para apresentações artísticas acessíveis para novos artistas e empreendedores nas comunidades; 
  • Viabilizar as batalhas de rima e slams nas periferias. Ter um local coberto e com estrutura sonora para esse tipo de evento; 
  • Promover a consciência de que fazemos parte do meio ambiente, construindo e divulgando políticas claras de reciclagem e de preservação em todos os territórios da cidade;
      
  • Promover a criação e a manutenção de parques e praças em territórios distantes do centro da Capital, possibilitando um ambiente mais sustentável e qualidade de vida para a população; 
  • Promover a igualdade de oportunidades na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, seja nos espaços públicos, em espaços culturais e também no mercado de trabalho; 
  • Oportunizar a participação de pessoas com deficiência na convivência em nossa sociedade, seja em espaços públicos, em atividades culturais e no mercado de trabalho. 
  • Promover o acolhimento da diversidade das pessoas LGBTS, especialmente as travestis, homens trans, mulheres trans e pessoas não binárias; 
  • Oferecer Educação em ambientes de aprendizagem que preparem as pessoas para a realidade do mundo digital e em constante transformação. 

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