Celeiro AgFood Hub marca presença no Agro en Punta 2025

Inovação, sustentabilidade e o futuro do agronegócio são pautas do evento realizado entre 05 e 07 de fevereiro em Punta del Este 

O Celeiro AgFood Hub, vertical de inovação agro e foodtech do Tecnopuc, esteve presente no Agro en Punta 2025, um dos maiores eventos do setor agropecuário. Luís Villwock, coordenador do hub, integrou o grupo de mais de mil participantes, entre empresários, pesquisadores e políticos, para discutir o futuro do agronegócio. O evento, que contou com a participação de mais de 60 startups focadas em inovação, se destacou pela relevância dos debates e pelo fortalecimento da relação entre tecnologia e sustentabilidade. 

“A América do Sul é responsável por quase dois terços das exportações de alimentos do mundo. As conexões estabelecidas no Agro en Punta tornam possível entender os desafios e como contribuir para o cenário global, que se torna cada vez mais exigente em qualidade e quantidade, à medida que as populações crescem”, destaca Villwock. 

No dia 5 de fevereiro, primeiro dia do evento, Fernando Mattos, Ministro de Agricultura, Pecuária e Pesca, e Luiz Rios, representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), discutiram políticas e ações voltadas para o setor de irrigação no Uruguai, com ênfase na tecnologia de irrigação por pivô central, que otimiza o armazenamento e a distribuição de água. “Foram apresentados modelos que mostram melhorias na produtividade superiores a 60% nessas áreas, um avanço significativo para a agricultura, especialmente para o Rio Grande do Sul, dada a similaridade produtiva com o Uruguai”, ressalta Villwock. 

Na sequência, a assessora internacional da Embrapa, Renata Miranda, falou sobre o papel da inovação e a estratégia geopolítica, destacando como a América do Sul produz alimentos de forma diferenciada em relação ao resto do mundo. Ao final do dia, aconteceu um grande debate sobre o acordo Mercosul-União Europeia, abordando os impactos potenciais das negociações em curso. Guillermo Valles, o embaixador uruguaio no Brasil, discutiu as negociações, enquanto Vanessa Mock, representante da União Europeia, destacou a expectativa de firmar um acordo que vem sendo negociado há mais de 30 anos, com impacto na facilitação de trâmites comerciais e na transferência de tecnologia e parâmetros de qualidade. 

No segundo dia de evento, ocorreu o Global Agrobusiness Forum, coordenado pelo fundador da DATAGRO, Plínio Nastari. Diversos especialistas e autoridades se reuniram para discutir o futuro do setor, com destaque para Gonzalo Kmaid Ricetto, representante da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), que alertou sobre o aumento da desnutrição mundial – quase 900 milhões de pessoas ainda passam fome – e o crescimento expressivo da obesidade em outras partes da população. O debate focou na criação de políticas públicas que possam equilibrar consumo e deficiências alimentares. 

O painel também contou com a presença de Gustavo Spadotti, chefe-geral da Embrapa Territorial, que apresentou o panorama da agricultura do Brasil desde a década de 1970 até hoje, destacando o país como um dos grandes exportadores, fruto de investimentos em tecnologia e capacitação de recursos humanos. Ele enfatizou que o Brasil é o país de produção continental que mais preserva o meio ambiente, mantendo áreas de conservação dos biomas naturais e apoiando as iniciativas dos próprios produtores para preservar as áreas. Cerca de 66% do território ainda está preservado, um número extremamente relevante em comparação com outros países. 

No terceiro e último dia, aconteceu o Fórum da Aapresid, onde o professor da Universidade Columbia (EUA), Walter Baethgen, discutiu os grandes desafios da agricultura competitiva, com foco nas necessidades nutricionais, saúde das pessoas, dos animais e do solo. Por fim, Luís falou sobre a iniciativa CREA, um consórcio de experiências de produtores que trocam conhecimentos, focados nos padrões de qualidade e nas tecnologias. A plataforma ainda não está no Brasil, mas está em negociação com associações de produtores no país. Com demais palestras sobre tecnologias para o aumento da produção agrícola, que deve crescer cerca de 50% devido ao aumento populacional e à ascensão econômica. 

Na finalização Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, falou sobre como a Inteligência Artificial impacta a agricultura, a revolução do agro e alguns cenários da Agricultura 6.0, reafirmando a importância da inovação e da colaboração entre diferentes setores para enfrentar os desafios do agronegócio global. 

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