
Desde março de 2020, o e-commerce de empresas brasileiras representava 9,2% da receita. Em 2021, esse número mais do que dobrou, de acordo com a Sondagem de Comércio, feita pela Fundação Getúlio Vargas. Nesse cenário, pode-se pensar que a era das lojas físicas está chegando ao fim. Mas assim como a chegada da televisão não acabou com o rádio, o e-commerce não ameaça a existência de uma experiência física com os produtos. E a Tlantic, organização que acaba de retornar ao Tecnopuc, tem as respostas para este universo em transformação e cada vez mais cheio de novidades – e dados. O CEO da empresa, Paulo Magalhães, sinaliza que houve um aumento da abertura de lojas físicas, e diversas organizações que atuavam exclusivamente online optam agora por abrir espaços próprios.

Mas qual a lógica desse movimento?
Existe um fator que nenhuma tecnologia (até hoje) conseguiu substituir: o olho no olho, o contato, o toque. E esse é um dos motivos que fazem as organizações apostarem nas lojas físicas. O cliente precisa ter a experiência do contato com o produto, com o vendedor, com o ambiente da loja. Mas não como conhecemos até hoje. Paulo, da Tlantic, reforça que a loja física e a virtual precisam conversar, andar juntas. O cliente espera que a sua experiência de compra possa passar pelo físico e pelo virtual – por exemplo, compras online para retirada na loja física, ou trocas de compras online na loja física. “Mas o que irá fortalecer a presença da loja são os projetos de implementação e gestão de mudança para não só promover uma loja mais inteligente, mas também analisar e utilizar os dados recolhidos de forma estratégica. É este o grande desafio. De nada servirá ter uma incrível ciência de dados, se estes dados não são devidamente aproveitados”.
Interpretação da informação é a chave para o sucesso
Quanto mais informações uma empresa consegue captar da experiência dos clientes, e quanto mais interpretação dessas informações ela faz, mais chances de sucesso ela tem. É nisto que Paulo acredita. E o processo de compra não ficará menos complexo, mas o aumento da complexidade deste processo mostra que ter poder e domínio das informações e da experiência do cliente é a chave para os negócios de sucesso do futuro.
Aumentando a eficiência nas lojas e aperfeiçoando o relacionamento com clientes
Esse é o trabalho da multinacional Tlantic, que escolheu o Tecnopuc como sua casa no Brasil. A empresa tem operações no Reino Unido, na Espanha, na França e em Portugal, e mais de 15 anos de existência em um mercado em constante transformação, assim como um ecossistema de inovação. E esse é um dos motivos para a Tlantic voltar ao Tecnopuc. Marcia Azevedo, coordenadora administrativa da Tlantic, diz que o ambiente tecnológico que o polo do Parque oferece, que incentiva a partilha de conhecimento e o fomento do setor de tecnologia, foi um dos principais fatores para o retorno da empresa.
Para Jorge Audy, Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc, receber a Tlantic novamente é motivo de orgulho. “A relação entre a empresa e a Universidade sempre foi ótima, com o desenvolvimento de projetos do mais alto nível. Ao longo de mais de dez anos foram realizadas missões de trabalho à cidade do Porto, em Portugal, com interações muito relevantes entre os parceiros, que geraram o espaço que abrigou por muitos anos a Incubadora de Empresas RAIAR. Esta relação no passado mostra o enorme potencial futuro de interação da Tlantic com nosso ecossistema de inovação”, completa Audy.
Fonte da matéria: Artigo do CEO da Tlantic, Paulo Magalhães, no site Lider Magazine: https://lidermagazine.sapo.pt/a-loja-fisica-viva-e-mais-inteligente-com-dados/