Iniciativa aposta em tecnologia para restaurar ecossistemas nativos em áreas afetadas por enchentes

Foi apresentado nesta sexta-feira, 22, na Arena CMPC, no Tecnopuc, o projeto Reflora. A iniciativa, desenvolvida e patenteada pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, é uma tecnologia voltada à recuperação ambiental que será compartilhada com o Rio Grande do Sul.
A principal patrocinadora do projeto é a CMPC, que integra o ecossistema do Tecnopuc e faz parte do Celeiro AgFood, Hub que conecta empresas e pesquisadores do agronegócio. “É um projeto do qual temos muito orgulho de fazer parte”, afirmou Franco Quevedo, gerente de pesquisa florestal da CMPC.
O projeto tem como foco a restauração ecológica de áreas nativas, promovendo a recuperação de ecossistemas e a preservação da biodiversidade por meio da produção de sementes e mudas de árvores, incluindo espécies ameaçadas de extinção.
Com histórico de resultados positivos no reflorestamento da região de Brumadinho, em Minas Gerais, a proposta agora é aplicar a tecnologia em áreas afetadas por enchentes no Rio Grande do Sul, especialmente nas margens de rios.
As informações serão compartilhadas com o Governo do Estado. Para Jackson Brilhante, engenheiro florestal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, a parceria deve trazer muitos benefícios ao estado: “Estamos diante de uma grande oportunidade de recuperação florestal. Acredito que vamos conseguir avançar muito na recuperação de nossas mudas e sementes.”
A aplicação deve ocorrer por meio de universidades gaúchas como PUCRS, UFRGS, UFSM e UNISC. Nesse processo, cada instituição será responsável pelo desenvolvimento de um número determinado de espécies. A parceria será através de bolsas para estudantes de graduação, mestrado e professores.
A apresentação foi conduzida por Glêison Augusto dos Santos, professor da Universidade Federal de Viçosa. “É um grande projeto âncora que pode crescer muito mais. Podem ser desenvolvidos outros trabalhos sinérgicos a ele. A partir da aplicação, serão identificadas as necessidades do estado e a tecnologia poderá ser adaptada a isso”, explicou o pesquisador.