Programa Conexão RIO-POA Delas capacita alunas para a trajetória empreendedora

O encerramento do Programa Conexão RIO-POA Delas, desenvolvido pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pelo Parque Tecnológico da UFRJ para criar conexões e fomentar o empreendedorismo entre alunas e alumni de todos os cursos da PUCRS e da UFRJ, além de inspirá-las a criarem os seus próprios negócios a partir de conhecimentos interdisciplinares, aconteceu durante abril, marcando o início da trajetória empreendedora de mais de 40 participantes.

A inspiração, o ensino de competências e os cases ficaram por conta das mais de 15 palestrantes e moderadoras que participaram do Programa e fazem parte dos ecossistemas do Tecnopuc e do Parque Tecnológico da UFRJ, incluindo empreendedoras, professoras, fundadoras de startups e mulheres em cargos de gestão e liderança em grandes empresas. Segundo Francisca Mosele, CEO da Nutrition Thinking, startup integrante do ecossistema do Tecnopuc, o contato entre alunas e empreendedoras representa a conexão entre o presente e o futuro das mulheres no empreendedorismo. “Ações como esta reverberam o impacto positivo do exemplo em inspirar e permitir. A permissão é parte da essência desse movimento de transformação que levará ainda mais mulheres a assumirem o papel de líderes na condução de negócios e de independência na condução de suas vidas”. Para Francisca, o compartilhamento de experiências traduz a sororidade que permeia o empreendedorismo feminino, e possibilita a transformação da realidade e a construção de futuros desejáveis.

Ana Carolina Souza, cofundadora da Forebrain Neurotecnologia e sócia-fundadora da Nêmesis Neurociência Organizacional, integrante do Parque Tecnológico da UFRJ, conta que ficou muito feliz em contribuir com o Programa como palestrante. “É muito importante para tangibilizar, para desromantizar, para falar um pouco da realidade, da rotina, da trajetória de cada um, sabendo que ela é única, mas mostrando que é normal ter dificuldade, mudar, errar. Encontrar apoio nessa caminhada, ver que você não está sozinha nesses erros e nem se deslumbrar com os acertos. É para manter a gente centrado nesse caminho do empreendedorismo”, avalia. Sobre o foco do Programa nas mulheres, Ana Carolina diz que é necessário incentivar o processo inventivo e criativo delas no empreendedorismo. “É uma área que sabemos que tem certa predominância masculina, então, cada vez que a gente pode reunir empreendedoras e conversar com essas mulheres é essencial. É nessa troca que a gente vê que tudo é possível e as mulheres precisam de referências, principalmente referências femininas, para entender que elas também podem”, afirma.

Foram quase 20 horas de encontros síncronos, conteúdo, atividades, talks e compartilhamento em grupos interdisciplinares que integravam alunas e alumni de ambas as Universidades. As participantes conviveram, idealizaram e criaram juntas durante cinco semanas. A partir das Trilhas “A Empreendedora” e “O Empreendimento”, elas desenvolveram habilidades e aprenderam as bases para encontrar oportunidades de negócios inovadores, idealizá-los e validá-los. “Foram cerca de 200 meninas e gurias que se inscreveram para participar desse programa que tinha uma causa super importante — fomentar o empreendedorismo feminino. Acreditamos muito na importância dessa rede de mulheres! Esperamos que tenha sido uma jornada cheia de conexões, inspirações e conhecimento para elas, como foi para nós”, comemora Natali Emerick, analista de Articulações Corporativas do Parque da UFRJ.

Amanda Garcez da Veiga, alumni de Engenharia Metalúrgica e de Materiais na UFRJ, da equipe Conecte Saúde, relembra que sempre teve uma vontade imensa de empreender, mas não sabia por onde começar e como mostrar o seu valor em um mercado competitivo. Ela define sua participação no Programa como intensa e reveladora: “o que experimentei foi uma verdadeira explosão mental. Parece que milhares de peças perdidas no meu cérebro se encaixaram e muitos questionamentos se tornaram impulsos. É difícil dizer, sem me emocionar, o que o Conexão RIO-POA Delas representou para mim pessoal e profissionalmente. Quero agradecer às mulheres maravilhosas que idealizaram e passaram pelo Programa por terem transformado a minha vida”, afirma.

Brendha Naibert, pós-graduanda em Planejamento Financeiro e Finanças Comportamentais na PUCRS e integrante da equipe UShape, conta que os talks com empreendedoras esclareceram alguns mitos e apresentaram novos conceitos sobre empreender. “O Programa com certeza mudou a vida de muitas mulheres. Mulheres com grandes ideias, mas que às vezes nem para o papel passam. As dinâmicas, conversas e dicas vão continuar na minha cabeça. Foi um grande aprendizado”, salienta.

No último encontro, a Pitch Session, seis projetos foram apresentados pelas alunas e alumni para uma banca de professoras e profissionais que são referências no mercado:

  • Conecte Saúde: startup com uma plataforma que conecta profissionais da área da saúde e pacientes de forma remota, promovendo o compartilhamento de informações sanitárias seguras e o agendamento de serviços. A ideia foi apresentada pelas alunas Ana Luiza, Amanda, Cassia, Simone, Tassyê e Victória.
  • DreamVillage: a startup tem como propósito transformar o mercado de brinquedos infantis, criando jogos e passatempos focados na diversão e no aprendizado, sem divisão de gênero ou cores e modelos “de menino” e “de menina”. O projeto foi idealizado por Nicole, Hariná, Dyaila, Haiane e Suzani.
  • EduTech: o propósito da startup é viabilizar um ambiente virtual de aprendizagem que motive os/as estudantes de escolas de ensino fundamental, fornecendo treinamento para professores/as sobre ferramentas para o ensino remoto. Júlia e Fernanda idealizaram o projeto.
  • IncentivaMente: busca facilitar o acesso ao entretenimento de adultos atarefados em meio ao contexto de isolamento social causado pela pandemia, criando um aplicativo que, a partir da gamificação (ou ludificação), facilite o acesso a atividades voltadas a saúde mental e física. A startup foi pensada pela equipe formada por Rebecca, Marilisa, Luiza, Mariah, Marianna e Vivian.
  • Realife: as integrantes Ana Carolina, Angie, Beatriz, Jamile e Julia idealizaram uma startup com o propósito de divulgar os malefícios que da exploração animal à saúde humana, focada em propagar os benefícios da alimentação baseada em vegetais, estimulando a adoção dessa dieta.
  • UShape: a equipe formada por Brendha, Jéssica, Maria Clara, Marina C., Marina R. e Patrícia, buscaram resolver o problema da falta de diversidade de corpos em lojas online de roupas. A solução proposta pela startup é a criação de um avatar costumizável das clientes, montado conforme as medidas e o corpo delas, para que visualizem a peça em um formato de corpo muito similar aos seus, oferecendo um serviço mais personalizado e baseado na representatividade.

Daniela Carrion, integrante do time do Tecnopuc Startups, conta que o interesse das alunas em participar de movimentos de inovação ficou claro desde as inscrições, com um alto número de interessadas, até a Pitch Session, que materializou o sucesso e os resultados do programa. “A entrega de todos os grupos foi muito relevante e criativa. Todas olharam para problemas que com certeza precisam ser resolvidos e são pertinentes”, parabeniza.  Jéssica Rodrigues, que também integra o Tecnopuc Startups, enfatiza que a integração entre participantes de áreas do conhecimento e de Universidades distintas foi muito importante para que os empreendimentos atingissem o potencial que atingiram ao final do Programa. “Os projetos apresentaram aptidão para serem continuados e desenvolvidos. A organização e o foco de todas no pitch foi muito positivo”, reforça.

A estudante de Jornalismo na PUCRS, Marina Renard, afirma que, para ela, a participação foi importante para encontrar pontos de referência em diversas mulheres que começaram seus próprios negócios e hoje têm empresas estruturadas. “Acredito que o incentivo ao empreendedorismo é algo muito importante. Temos que entender que nossas possibilidades não estão limitadas às grandes empresas, temos que acreditar nas nossas ideias, nos nossos propósitos, no nosso potencial”, completa.

Segundo Jamile Tanski, aluna de Ciências Econômicas na PUCRS, da equipe Realife, o Programa possibilitou conhecer as etapas essenciais para a criação de um negócio, com a companhia de mulheres inspiradoras que têm muito a ensinar. “O que eu levo desse programa é a persistência e a importância de ter boas relações, de desenvolver o meu mindset e ter bons insights. Ser empreendedora é muito mais do que ter uma empresa, é mudar a vida de alguém!”, considera. Além disso, na visão de Jamile, o contato com pessoas de diferentes estados e culturas foi essencial, pois mesmo com trajetórias diferentes, a vontade de inovar e se desenvolver estava presente em todas as participantes.

Para Lucimar Dantas, gerente de Articulações Corporativas do Parque da UFRJ, a primeira edição do Conexão RIO-POA Delas excedeu as expectativas, pois as participantes foram muito ativas. “Elas fizeram muito networking e trocaram muitas figurinhas para a validação de suas ideias. Apostamos muito que essas conexões vão continuar após o Programa”, considera.

Flavia Fiorin, gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc, diz que a conexão é a essência do programa. “Por isso, aproximamos alunas e profissionais de diferentes estados, universidades e Parques Tecnológicos. Nossas meninas e gurias, como carinhosamente chamamos no Programa, abriram o olhar para o empreendedorismo, e cresceram muito em um curto período de tempo. Seguimos juntas”, celebra Flávia.

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