Beyond Domotics cria ferramenta que evita perda de vacinas

Fonte: Coluna Marta Sfredo | Zero Hora

Especializada em automação residencial, a Beyond Domotics, startup que atua desde 2014 no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), desenvolveu há cerca de um mês uma solução para evitar perda de vacinas por problemas em câmaras frias, como ocorreu há poucos dias em Santa Cruz do Sul.

A ferramenta de gestão e monitoramento da temperatura nesses equipamentos, chamada Beyond Flow é composta por um hub (minicentral, parecida com um decodificador de TV a cabo, mas com apenas 5 centímetros de lado), sensores e um sistema operacional que mede e regula temperatura e umidade.

A plataforma já está sendo usada nas supergeladeiras que armazenam medicamentos e produtos biológicos do Hospital São Lucas da PUCRS. O hospital é gestor do BioHub, iniciativa que articula ações sincronizadas com o objetivo de conectar talentos e conhecimentos para gerar negócios inovadores em ciências da vida.

— O Beyond chega neste contexto, com uma solução que traz segurança e controle com precisão em tempo real e online — afirma Diana Jardim, gestora do BioHub.

Bruno Valentini, líder da empresa, detalhou à coluna que a solução não foi desenvolvida originalmente para vacinas. Depois de pronta a ferramenta é que a empresa percebeu seu potencial para outras aplicações:

— Somos uma das líderes nacionais em aplicação de internet das coisas para automação residencial. Um cliente que trabalha com produtos farmacêuticos trouxe esse problema de estocar sempre na mesma temperatura. Como era o mesmo intervalo das vacinas, pode ajudar a preservar.

O Beyond Flow lê temperatura e umidade relativa da câmara fria, apresenta os dados em tempo real e gera alarmes via whatsapp e e-mail para as pessoas cadastradas se os parâmetros não estiverem adequados ou se o sistema for desconectado, por exemplo, por falta de energia.

Valentini detalha que a Beyond atua com a venda de serviços, embora pretenda produzir fisicamente o hub de sensores. Hoje, como a produção ainda é pequena, a empresa compra as minicentrais prontas no mercado, mas com escala projeta que poderá produzir e baixa o custo total da ferramenta.

O líder detalha que há variações conforme o tipo e o número de sensores usados, mas  custo hoje está abaixo de R$ 1 mil, mas chega ao cliente final sem custo, porque a Beyond cobra apenas uma mensalidade. Se for de uma unidade, é de R$ 100, mas esse valor cai se houver mais unidades. O menor preço, hoje, é de R$ 50 para acima de  200 peças.

Especialidade é automação residencial

Na atuação mais “tradicional” — entre aspas porque, afinal, trata-se de uma startup —, a Beyond presta serviços de automação residencial para empresas e pessoas física. Trocando em miúdos, deixa as casas mais parecidas com a dos Jetsons: abertura e fechamento automáticos de persianas, ligação de aparelhos por voz.

Valentini diz que usa equipamentos usados no lugar de interruptores que funcionam como uma minicentral, que dispensa obras para instalar. Diz que o custo chega a ficar 85% menor do que soluções cabeadas, que exige reformas. Cada uma controla três circuitos de iluminação, emite infravermelho para controle de aparelhos, como TV e ar condicionado, e  sinais de rádio que movimentam cortinas e persianas.

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