No nosso ecossistema de inovação temos uma startup que trabalha na produção de tecnologias e soluções para metaverso. A Meta4Chain utiliza a nova economia com o auxílio da tecnologia blockchain, desenvolvendo negócios mais seguros, rentáveis e inovadores, dentro e fora do metaverso. Mas afinal, o que são metaversos? A equipe da startup escreveu um artigo sobre o tema, comentando sobre as novas tecnologias, aplicações e profissões desse movimento.
Por: Vinicius Acosta Lugo, Analista Estratégico e João Paulo Holme, Executivo de Relacionamento
Metaversos são ambientes virtuais completamente imersivos. Eles funcionam como uma simulação da realidade, o caminho para a união do ambiente virtual com o físico. Diversos mercados vão se beneficiar dessa tecnologia, por exemplo, no campo da educação podemos criar uma metodologia de ensino mais imersiva e personalizada para auxiliar pessoas que sofrem com adversidades para chegarem às escolas. É possível criar um cenário onde o que aprende de forma interativa em aulas de História possa vivenciar diante dos seus olhos acontecimentos históricos. Na disciplina de Biologia, os alunos podem interagir e conversar com células, ou ainda, dissecar organismos sem nenhum dano a qualquer ser vivo.

No ensino superior, alunos podem entrar em simulações, como por exemplo em curso da saúde em que o paciente necessita de algum procedimento delicado e específico. Nesse caso, o aluno pode realizar a recuperação do paciente enquanto o professor vai conduzindo a simulação, para que inclusive aconteçam adversidades, preparando os profissionais para cenários variados. Existem ainda, os treinamentos que podem acontecer pelo metaverso, onde profissionais podem fazer sem que se gaste recursos ou matéria prima do mundo físico, áreas como engenharia mecânica, militar, engenharia industrial, robótica, engenharia civil, entre outras, podem utilizar esse mecanismo para poupar combustível e vida útil do maquinário.
Podemos ir muito além do que economizar no metaverso. Quando estamos em uma simulação podemos visualizar empreendimentos antes de existirem, fazer eventos de divulgação, criar o produto no mundo digital antes de ir pro mundo físico e, dependendo da estratégia, é possível vender sob demanda, gerar valor intrínseco para produtos por meio de benefícios a portadores – as NFTs (este modelo é independente do metaverso mas pode ocorrer em conjunto com mesmo), gerar propagandas completamente interativas e imersivas, além de ser totalmente programável o que torna as possibilidades ainda mais abrangentes.
Não devemos gamificar o metaverso, como é a visão da maioria, pois é em sua totalidade uma ferramenta de simulação, que pode ser usada para auxiliar diversas pessoas e negócios. Já existem tecnologias imersivas avançadas no metaverso, como luvas cinéticas, que funcionam de modo que as pessoas que as utilizam conseguem sentir o tato nos objetos virtuais com que interagem. Temos dois modelos que se destacam no mercado, um da empresa Meta que funciona por meio de ar, onde o local da luva que é pressionado no objeto infla para dar a sensação de pressão, também temos o modelo da Hapatics que funciona com o mesmo princípio, mas por meio de motores. Já temos também, coletes que simulam a pressão exercida sobre as áreas do tórax, além é claro, dos famosos óculos de realidade virtual.
Dando um salto no futuro do metaverso, estão em desenvolvimento hoje, tecnologias sensoriais que parecem cinematográficas ou absurdas, como o Neurolink, uma tecnologia que pode vir a nos permitir interagir com o metaverso a partir apenas da mente sem a necessidade de botões ou controle. A empresa Noar, especialista em digital-scent tech, está estudando uma forma de inserir sua tecnologia de cheiro digital dentro do metaverso. Outra iniciativa para o ramo são as lentes Mojo, que tem a ideia de interação com o digital a partir de nada mais que a visão com o mundo real como plano de fundo.
O futuro do metaverso dependerá de profissionais com conhecimentos específicos para trabalhar na criação e desenvolvimento de novas soluções nesse universo tecnológico e imersivo. Confira algumas das novas profissões que surgem com o metaverso:
Operador de realidade virtual – Durante algumas simulações, como por exemplo as que há a necessidade de adicionar conteúdo e/ou funções pré-programadas em tempo real, será necessário que alguém opere esses comandos, apesar de se tornar cada vez mais intuitivo, é preciso entender do sistema.
Designer/Arquitetos do metaverso – Os profissionais dessa área vão ser responsáveis por criar o design dos objetos e construção 3D que estarão presentes no metaverso. São esses profissionais que irão criar o tema por trás do metaverso.
Produtor de software e hardware – Para o metaverso ir adiante é necessário que existam cada vez mais tecnologias imersivas e programas que rodam as aplicações, por isso é imprescindível que existam empresas/profissionais especializadas na criação de hardwares que aumentem a imersão dentro do metaverso e softwares específicos para as empresas rodarem as funções dos seus aparelhos.
Estilista de moda digital – Grandes marcas de roupas como Nike e Balenciaga já entraram no ramo das nfts em formato de skin no metaverso, com isso existe uma demanda emergente de profissionais idealizando estas peças.
Publicitários do metaverso – Estes profissionais irão criar propagandas interativas, que tornem o usuário/cliente não apenas espectador do comercial, mas peça chave para o andamento do mesmo. Pense em um ambiente onde tudo é possível, por exemplo uma propaganda onde o cliente joga com o Neymar usando a nova chuteira da Nike.
Cientista de pesquisa do metaverso – São profissionais responsáveis por criar a base de dados de interação do mundo digital, que servirá de molde para a criação das aplicações futuras dentro do metaverso.
Desenvolvedor de ecossistemas – Este profissional irá encontrar formas de criar um sistema em volta dos metaversos, para que as funcionalidades adquiridas por usuários possam ser utilizadas dentro de diversas aplicações metaversificadas, sendo assim necessário parcerias e associações.
Especialista em bloqueio de anúncios – Diversas grandes empresas geram renda a partir de anúncios em suas plataformas, o metaverso deve seguir por este mesmo caminho. Porém, é possível que se dê a opção de um plug-in ou assinatura vip, evitando ou personalizando os anúncios, para isso será necessário um algoritmo que consiga captar dentro da realidade simulada em tempo real. O mercado irá exigir profissionais programadores do ramo.
Estrategista do metaverso – Este profissional vai ser aquele que identifica/cria oportunidade para a empresa utilizar aplicações meta diversificadas. Esse profissional será responsável por desenvolver produtos que irão ser comercializados no metaverso.