Black Money é pauta em evento sediado no Tecnopuc

Talk realizado pela Odabá trouxe reflexões sobre o afroempreendedorismo no Brasil

Com objetivo de refletir sobre o cenário afroempreendedor, a Odabá, em parceria com a Associação Gaúcha de Startups (AGS), promoveu o Invest Talk. O evento ocorreu na noite de segunda-feira (18), no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e contou com a presença de Luana Ozemela, CEO da Dima Consultoria, de Luiz Gustavo Freitas, fundador da LG Eirelli, e de Dirceu Corrêa Jr., CEO da Postmetria.

O talk, mediado por Alexandre Caputo, diretor da AGS, abordou a temática afroempreendedora a partir de três frentes: a transformação digital, a escalabilidade e o jogo do equity e os fundos de investimentos. A pesquisa Afroempreendedorismo no Brasil, realizada em junho de 2021, mostra que aproximadamente 40% dos adultos negros são empreendedores e que a necessidade financeira é um dos principais motivos para que pessoas negras empreendam. No talk, Luiz Gustavo também chamou a atenção para o cenário. “A maioria dos afroempreendedores costuma empreender porque precisa, não porque quer”, ressalta.

Para Dirceu, esse motivo contribui para que essas pessoas não se reconheçam como empreendedores. Com o propósito de eliminar essa visão e fomentar o empreendedorismo negro, surge a Odabá. “Hoje temos essa associação voltada a esse estímulo para o afroempreendedor. Já somos pessoas que estão demonstrando o efeito da união entre essas pessoas negras. Dentro da Odabá, estamos caminhando para aperfeiçoar a temática afroempreendedora. Uma das coisas que vamos fazer é entender como podemos aproveitar o empreendedorismo como uma alavanca econômica social”, destaca Dirceu. 

O estudo também traz os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto Locomotiva. Segundo esses dados, 56% da população brasileira se considera preta ou parda, dentro deste número, considera-se que há mais de 14 milhões de empreendedores negros no Brasil.

Olhando para o cenário afroempreendedor, Luana chama a atenção para o cenário de investimento desses negócios. “O maior impacto é empoderar outras pessoas. Esse empoderamento exige um nível de maturidade que demanda capital humano. Depois, o segundo tipo de capital é o financeiro. Na minha experiência, trabalhando com outros empreendedores negros, que até tiveram esse capital financeiro, se não tivermos um capital humano, o capital finaceiro não ajuda e não faz milagre. Mas, além disso, temos o capital relacional. Esse capital está segregado, 99% dos alocadores de capital são pessoas brancas e 91% daqueles que recebem são pessoas brancas. Furar a bolha da indústria de investimento é difícil, mas precisamos desse tripé no campo de investimento. Não dá pra fazer acontecer sem esse tripé”, complementa Luana.  

Sobre a Odabá 

A Odabá é uma inicitiva que visa promover a ascensão econômica do povo negro por meio do empreendedorismo. A associação busca contribuir para ascensão dos afroempreendedores para estejam entre os  grandes empresários do nosso Brasil. A Odabá se apresenta como um espaço de pertencimento para a comunidade negra, que acolhe e fortalece esses negócios a partir de pilares como a qualificação empreendedora, a eliminação das crenças limitantes e a valorização da produção cultural.

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