Encontro aconteceu na tarde de quinta-feira, 18 de julho
Nos últimos anos, a sigla ESG (Ambiental, Social e Governança, no Português) ganhou protagonismo no mundo dos negócios. Com origem no mercado financeiro, o ESG busca medir o impacto das ações de sustentabilidade nos resultados das empresas.
Para aprofundar a discussão sobre o tema entre a comunidade do Parque, foi promovido, na última quinta-feira, uma edição do Tecnopuc Talks que teve como tema Finanças ESG: mobilizando capital para economia de impacto. Mediado por Maira Petrini, coordenadora do Farol Social Hub, o encontro contou com a presença* de Rafael Disconzi Rodrigues, professor da Escola de Negócios da PUCRS e head de controladoria e finanças do SEBRAE RS.
“Os investimentos ESG representam uma abordagem mais holística e mais integrada se comparados às abordagens tradicionais de investimento”, defendeu Rafael durante sua fala. Entre os tópicos por ele abordados, estão alguns aspectos que diferenciam os investimentos tradicionais das finanças ESG:
1) Foco multidimensional
No aspecto tradicional de finanças, se olha, basicamente, para as metas financeiras e as métricas de investimento. No EGS, essa dimensão se amplia e passa a abranger os impactos ambiental, social e a governança, além dos retornos financeiros.
2) Horizonte de tempo
Nas finanças tradicionais, se pensa em um tempo de curto a médio prazo, seja o trimestre ou o ano. Já nos investimentos ESG, a prioridade é no longo prazo, com impactos duradouros.
3) Análise de risco
O investimento tradicional prevê riscos financeiros e de mercado. Já no ESG, a análise inclui, ainda, riscos reputacionais: o climático, o social e o de governança.
Rafael deu dicas, ainda, para a captação de recursos de investidores a partir da perspectiva ESG. Para empresas mais consolidadas, o especialista recomendou investir na melhoria da reputação, o que pode ser feito com a adoção de energias renováveis, por exemplo. Já para startups, as oportunidades destacadas por Rafael nesse cenário são: criação de produtos sustentáveis; implantação de práticas de governança com uma transparência ética e robusta; investimento em tecnologia e inovação social.
Assista ao encontro completo:
O público presente também participou com perguntas e comentários. Para Daniel Neves, CEO da DGM Soluções Financeiras, eventos como esse trazem as políticas ESG mais para perto de um público que não se reconhecia nelas, como os empreendedores de startups e de pequenas e médias empresas.
* Devido a problemas técnicos, o convidado Marcel Fukayama, que entraria online no evento, não pode participar.
