A ocasião também tinha o objetivo de esclarecer conceitos da área de investimento aos empreendimentos

O mês de julho fechou com mais uma edição do Tecnopuc Talks. Dessa vez, o encontro foi promovido pela Coalizão pelo Impacto e contou com a presença de convidados e interessados na pauta de investimento em negócios de impacto. O Talks iniciou com Samir Hamra, co-diretor da Latimpacto, que tratou sobre o conceito de capital catalítico, que é visto como capital de investimento que é paciente, tolerante a riscos, de concessão e flexível.
Ana Lúcia Maciel, coordenadora do Coalizão pelo Impacto em Porto Alegre, ressaltou a importância desses encontros para a formação e esclarecimento de conceitos importantes. “Uma das frentes de atuação local da Coalizão pelo Impacto é a sensibilização do setor privado em prol dos negócios de impacto. Avaliamos que as possibilidades de apoiar e investir nesse campo ainda são pouco conhecidas, de modo que eventos como este são fundamentais para esclarecer conceitos e apresentar as várias oportunidades de direcionar recursos privados em prol da economia de impacto. Exemplos como o da própria Coalizão, que se alicerça em capital filantrópico, são fundamentais para alavancar iniciativas. A relevância do Regenera e do Estímulo RS, que foram apresentados no evento e que evidenciam a capacidade do setor privado gaúcho em dar respostas imediatas à crise climática que vivemos, são inspirações do quanto esse capital pode contribuir”, comenta Ana Lúcia.

O encontro também contou com as apresentações de Vinicius Poit, CEO da Estímulo, e Carolina Hermeling, analista de governança e responsabilidade social do Instituto Helda Gerdau, que trataram de exemplos do que é capital catalítico a partir dos cases da Empresa e do Instituto. A Estímulo é um fundo de impacto que apoia empreendedores a partir de crédito especial, educação e rede de conexão. Para Vinícius, a importância de apoiar negócios de impacto passa pelo acesso ao crédito. “Só assim se tem a possibilidade de prosperar e fomentar na ponta a produção do negócio já que muitas empresas acabam não tendo esse acesso crediário. Também é importante estimular outros negócios que agora não são de impacto, mas podem se transformar em um, como uma padaria com potencial de atingir metas ESG, por exemplo, além de dar capacitação para essas pessoas”, comenta Vinicius. Um dos meios para esse apoio é a iniciativa Coalizão pelo Impacto. “Sou fã desde que descobri e estou encantado com a participação em seis cidades. Em especial por não ser só uma ajuda financeira, mas por dar capacitação e auxiliar as pessoas e empresas ligadas ao setor a entrarem no mercado de empreendedorismo com a parceira do Instituto de Cidadania Empresarial e todos os projetos que estão tocando”, reforça Vinicius.
A partir do exemplo do Instituto Helda Gerdau, associação sem fins lucrativos criada pela família Gerdau Johannpeter a fim de potencializar ações voltadas para o impacto social positivo, Carolina também tratou do conceito de capital filantrópico, destacando o que a filantropia pode fazer para impulsionar esses negócios. “Como a família tem muita ligação com o empreendedorismo foi algo natural ligar a filantropia com negócios de impacto. A parceria com a Coalizão está sendo bem positiva, alegra bastante ver que já faz dois anos, que é um assunto cada vez mais falado e que esses eventos estão se tornando mais comuns”, comenta Carol.
A Coalizão pelo Impacto
A iniciativa tem como objetivo potencializar ecossistemas locais junto com organizações que apoiam empreendedores. Esse apoio é desenhado a partir de quatro estratégias como planos de governança local, formação para profissionais, parcerias públicas e privadas e conexão com ecossistema nacional de investimentos e negócios de impacto.